A Jornada Literária do Distrito Federal compreende a formação de mediadores de leitura entre professores e bibliotecários; a distribuição de livros a serem lidos por estudantes de escolas públicas; e a promoção de encontros entre leitores dos livros distribuídos e respectivos autores. Cada edição tem três meses de duração. Na semana da jornada, são apresentados, também, espetáculos de literatura, narrações de histórias e oficinas de escrita literária.
O programa é realizado em regiões administrativas de Brasília, fora do Plano Piloto, onde há menos oferta de bibliotecas, livrarias ou feiras. O forte do programa é o encontro entre leitores e autores - de imagens e de textos - e respectivos leitores, estudantes de escolas públicas; estes por sua vez, tiveram as leituras mediadas pelos professores; e estes mestres-mediadores de leitura foram formados em oficinas pelo programa Jornada Literária.
Aumentar o número de leitores literários; propiciar o acesso ao livro literário por crianças, jovens e adultos das cidades de periferia do Distrito Federal; favorecer a criação de leitores fluentes e também críticos; movimentar os arranjos produtivos do livro, leitura e literatura, com a aquisição, empréstimo e doação de livros; favorecer o trabalho de autores de livros.
Realizar edições da Jornada Literária em cidades específicas; realizar oficinas de formação de mediadores de leitura; distribuir livros literários; promover encontros de leitores com os autores dos livros lidos; promover feiras de trocas de livros; transportar os estudantes do programa a um teatro, auditório o biblioteca da cidade.
O programa nasceu da necessidade de, no DF, expandir o número de leitores e a frequência a bibliotecas. Nas 30 cidades do DF, antes ditas satélites, há, no máximo, uma biblioteca pública; mas 95% da população não a frequenta; a média de livros lidos por ano é de no máximo 4. H salas de leitura em todas as escolas, com acervos modestas, mas de qualidade, do PNBE ou PNLD. Entretanto, são pouco frequentadas essas salas; e os professores ainda não agem como mediadores. O programa é uma aliança entre escritores e ilustradores e educadores-mediadores
No início, escolas de uma Coordenação Regional de Ensino são procuradas; se interessadas, recebem as oficinas de mediação de leitura, ministradas por pesquisador e escritor; conjuntos de livros são distribuídos, de acordo com as faixas escolares, de infantojuvenis a adultos; os livros são lidos no período de até três meses; ao fim do período, é realizada uma semana de encontros dos leitores com os autores dos livros lidos; os estudantes são transportados com recursos do programa; nos encontros, há recriações, na forma de desenhos, maquetes, críticas, resenhas, novas histórias ou poemas, com base nos livros lidos; e um diálogo com os escritores.
Principais inspirações ou referências teóricas e práticas
Para a formação de mediadores de leitura, as formulações de gênero e análise do discurso, particularmente as de MARTIN, J. R; ROSE, David. Working with discourse; CHAMBERS, Aidan. El ambiente de la lectura. Fondo de Cultura Económica. México, 2007; RITER, Caio. A formação do leitor literário em casa e na escola. São Paulo, Ed. Biruta, 2009; OLIVEIRA, Ieda. O Que é Qualidade Em Ilustração no Livro Infantil e Juvenil – com a palavra, o ilustrador. São Paulo, DCL, 2005;
A formação do principal didata, João Bosco Bezerra Bonfim, é a de professor de literatura (licenciado em 1986, UnB), Mestre de Doutor em Linguística (UnB, 2000 e 2009, UnB); da prática de escritor, com 30 obras publicadas; e visita sistemática a escolas do DF; participação em feiras e bienais de livros. Da gestora, Marilda Bezerra, jornalista.
A formação ocorreu pela prática - visita a escolas para mediação de leitura; e pelo estudo do gênero literário. A dinâmica de mobilização social foi sendo criada por Marilda Bezerra, com base na experiência de gestão em projetos de formação de adultos profissionais. A OSC foi criada como resultado do esforço dos criadores do projeto.
Os projetos da Feira do Livro de Porto Alegre (RS) e Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo (RS) serviram de inspiração.
A mobilização de recursos financeiros é a mais trabalhosa: ao longo dos 12 meses, são apresentadas candidaturas a editais; mobilizados parlamentares do DF e do Congresso Nacional; elaborados projetos executivos para aprovação por instâncias locais ou federais; assinatura de termos de fomento; e busca pela liberação dos recursos.
01/04/2016
30/09/2019
Sim, o Projeto acontece atualmente
Brasil - Região Centro-Oeste - DF - Brasília
estudantes, comunidade em geral, crianças
6 a 12 anos, 13 a 17 anos, 18 a 59 anos
feminino, masculino
Número de pessoas atendidas
75
27
28
12
10
A média de dez mil vem sendo alcançada, pois em cidades como Ceilândia, Sobradinho e Gama, sempre tem chegado a 12 mil; em cidades menores, com teatros ou auditórios menores, como Paranoá (8 mil) esse volume é menor. Mas há também atendimentos em escolas.
Equipe
2
2500
20
20
6
20
40
Informe se o projeto conta somente com recursos próprios (100%) e/ou se conta com patrocínios ou outros apoios financeiros. Se possível, informe (entre parênteses) como esses recursos se distribuem percentualmente para custear o projeto
4
80
15
1
Quais organizações e/ou instituições são parceiras e como apoiam o projeto
Fundo de Apoio à Cultura do DF (FACDF): 200 mil, dem 2016; 120 mil, em 2017; 440 mil, em 2018;
Lei Orçamentária Anual do DF, 2018 e 2019: R$ 200 mil
Lei Orçamentária Anual do DF, 2019: 775 mil reais
Lei Orçamentária Anual da União, 2019: 150 mil reais
Sesc DF
Sesc DF
Cedep Centro de Cultura e Desenvolvimento do Paranoá e Itapoã