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PROJETO
Direito à Poesia

Natureza do projeto
Formação de mediadores ou agentes de leitura, Formação de leitores em geral e de leitores de literatura, Valorização / campanhas de promoção da leitura, Outra natureza do Projeto


Organização responsável:
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Categoria da organização




Este projeto de extensão, desenvolvido desde 2015, consiste na realização de círculos de leitura e escrita de literatura com pessoas em situação de privação de liberdade em Foz do Iguaçu. Atualmente, o projeto é desenvolvido na PEF II (Penitenciária Estadual II) e na Penitenciária Feminina da cidade. As rodas de leitura e escrita são realizadas com participantes que aderem voluntariamente à proposta, bem como com os educadores que já atuam nos locais.


Essa proposta de ação surgiu com o objetivo de criar um espaço de amizade e de compartilhamento de leitura e escrita, no qual experiências significativas com a literatura tornem possível a abertura de janelas de liberdade em cada um de nós. Em outras palavras, um espaço disponível para refletir e falar, para estar em contato com outros mundos, com outras paisagens, para trabalhar a memória de si e o autorretrato, para, em suma, viver a língua como experimentação.


Realizar Rodas de Leitura e Oficinas de escrita nas prisões de Foz do Iguaçu, viabilizando um espaço horizontal de fala e de respeito entre as/os participantes, no qual se dê a troca de conhecimentos e de experiências e a abertura para imaginar novas formas de ser e de estar no mundo.


- Viabilizar a fruição estética de obras literárias, promovendo um ambiente de escuta, de liberdade de opinião e de construção compartilhada de significados; - Favorecer a formação de mediadores culturais, sendo estes os estudantes bolsistas e, potencialmente, alguns dos participantes que constituem o público alvo da ação; - Afinar o diagnóstico das necessidades do trabalho pedagógico no sistema penitenciário, trocando experiência com os educad


Já é bastante conhecida a situação calamitosa de todo o sistema prisional brasileiro. De uma perspectiva crítica à política de aprisionamento em massa, o "Direito à Poesia" busca criar uma pequena fresta de liberdade e de amizade por meio da leitura e da criação poética compartilhada de literatura. Por outro lado, o projeto visa igualmente criar uma oportunidade de formação a estudantes extensionistas por meio da pesquisa-ação, sensíveis à dimensão humana e social do saber produzido na troca de leituras dentro e fora da Universidade.


A metodologia da proposta está organizada em três planos: o da preparação; o da realização; o da avaliação do processo. Um quarto plano é dedicado ao processo transversal que acompanha a implementação da ação de extensão que é o da formação dos estudantes-pesquisadores (ensino-pesquisa). No plano da preparação, o primeiro cuidado de ações envolvendo formação de leitores e oficinas de escrita consiste no estudo das questões teóricas envolvidas na mediação de leitura, bem como no conhecimento de um acervo de experiências, bem e mal sucedidas, mas documentadas por outros pesquisadores ou mediadores de leitura. Além disso, ainda no plano da preparação, a equipe envolvida deve realizar algumas atividades de aproximação junto ao público-alvo, com o intuito de criar uma abertura para a proposta, bem como de alinhar objetivos e expectativas junto ao mesmo. A realização se dá pela efetivação das Rodas de Leitura e, com o passar do tempo, com a proposição de exercícios de escrita, que vão sendo compartilhados no grupo.


Principais inspirações ou referências teóricas e práticas



BAJOUR, Cecília. Ouvir nas entrelinhas – o valor da escuta nas práticas de leitura. São Paulo: Pulo do Gato, 2012. CÂNDIDO, Antonio. O direito à literatura. In: Vários escritos. São Paulo / Rio de Janeiro: Duas Cidades / Ouro sobre Azul, 2004. PETIT, Michèle. A arte de ler – ou como resistir à adversidade. São Paulo: Ed.34, 2010. LAROSSA, Jorge. Sobre a lição – ou de ensinar e aprender na amizade e na liberdade. In: Pedagogia profana – danças, piruetas e mascaradas. Belo Horizonte


Realizamos um grupo de estudos com leituras semanais de textos teóricos e e sobre experiências de mediação de leitura. O grupo de estudos também trabalha com leituras de sociologia e antropologia do cárcere.


Não recebemos nenhuma assessoria técnica e temos buscado ampliar a interlocução com outros grupos que trabalham mediação de leitura em prisões.


A leitura do livro de Michèle Petit foi o primeiro disparador do projeto. Depois fomos descobrindo em pesquisas, outras experiências.


As principais dificuldades, sem sombra de dúvida, dizem respeito aos obstáculos que a própria instituição prisional apresenta para que consigamos manter a regularidade dos encontros. Nos dias em que há baixo contingente de agentes penitenciários (real ou alegado), as atividades dos projetos sociais e educativos não acontecem.





05/05/2015


Sim, o Projeto acontece atualmente


Brasil - Região Sul - PR - Foz do Iguaçu


estudantes, população institucionalizada - presídios ou unidades de menores que cometeram infração


18 a 59 anos, mais de 60 anos


feminino, masculino, transgênero

Número de pessoas atendidas


100


30


15


15


0

Equipe


2


2


0


0


4


4


2



Informe se o projeto conta somente com recursos próprios (100%) e/ou se conta com patrocínios ou outros apoios financeiros. Se possível, informe (entre parênteses) como esses recursos se distribuem percentualmente para custear o projeto

10


90


0


0



Quais organizações e/ou instituições são parceiras e como apoiam o projeto

UNILA Fundação Araucária


Não há, atualmente


Conselho da Comunidade de Foz do Iguaçu


UNILA


Arrecadação de livros junto ao público

Cadastrado em: 02/20
Atualizado em: 11/02/2020