O Projeto Palavras que Libertam foi criado e desenvolvido para fomentar a leitura e dar vida às bibliotecas dentro do DEGASE - Departamento Geral de Ações Socioeducativas do Estado do Rio de Janeiro. O Projeto criado pelo escritor e produtor cultural Binho Cultura, idealizador da Festa Literária da Zona Oeste (FLIZO), atua desde 2014 com foco em estimular jovens, em cumprimento do regime socioeducativo, a Reescreverem suas histórias de vida.
Atuar exclusivamente com o público de jovens em cumprimento de regime socioeducativo ;
Incentivamos a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do RJ a reformar as salas de leitura de todas as unidades do Degase;
Incentivar a redução de pena para jovens da Sócio educação, quando somente eram focados os presidiários maiores de idade.
Criar uma antologia com os textos dos participantes
Fomentar a leitura dentro de espaços em privação de liberdade e incentivar novos autores a partir das oficinas de produção de textos.
Contribuir para que pessoas privadas de suas liberdades reescrevam suas histórias;
Tornar os espaços de leituras dentro das unidades do Degase como "Porta de saída" dos jovens internos;
Estimular a retomada aos estudos e à perspectivas de vida fora do crime;
Dar esperança;
Publicar uma antologia com os textos produzidos nas oficinas de produção textual.
O Degase é onde jovens, de ambos os gêneros, que cometeram crimes enquanto menores de idade, cumprem em regime fechado ou semiaberto as medidas socioeducativas determinadas em juízo. Também conhecido como Bangu Zero ou Escola do Crime, pelo fato desses jovens estarem a caminho da Universidade do Crime como são conhecidos os presídios Bangu 1 e os demais. O Projeto Palavras que Libertam, desde 2015 contribuiu para que muitos de seus participantes não voltassem mais para a vida do crime, reconhecido pela direção do Degase.
Foram mapeadas as origens e territórios de onde são os jovens internos, gosto musical, perfil pessoal, foram usadas as letras de músicas de Funk e Hip Hop, feitas as leituras e comparações com poesias e crônicas para o devido entendimento, a partir dessa compreensão, inicia-se uma roda de conversa sobre suas histórias a partir dos seus primeiros nomes e o porquê seus pais escolheram, como foram seus relacionamentos nos ciclos familiares, buscando criar storytellings para a produção individual de seus textos.
Principais inspirações ou referências teóricas e práticas
O Projeto teve como referência a vivência em Favelas e a atuação do Centro Cultural A História que eu Conto, que tem como idealizador e fundador um ex presidiário que cumpriu 7 anos de uma condenação de 21, conhecido como Samuca, que aprendeu a compor músicas dentro do presídio e mudou sua história de vida, por essa razão o centro cultural se chama A História que Eu Conto. Como apoio, o livro do autor Binho Cultura, também intitulado A História que Eu conto, ed Aeroplano 2013.
O responsável pelo projeto é formado em Ciências Sociais, pela Feuc RJ e participou de formação no Seminário de Cultura para o Desenvolvimento na Argentina realizado pela Secretaria de Cultura e Educação de Rosário.
Não
As oficinas realizadas no Centro Cultural A História que Eu Conto e atividades da FLIZO contribuíram para que jovens saíssem da vida do crime mesmo sem terem presos, o que nos levou a experimentar para os jovens internos, deu certo!
Conseguir patrocínio, pois o trabalho é feito voluntariamente;
Garantir oportunidades para os jovens fora do Degase, como estágio, primeiro emprego ou jovem aprendiz.
20/05/2014
Sim, o Projeto acontece atualmente
Brasil - Região Sudeste - RJ - Barra Mansa Brasil - Região Sudeste - RJ - Rio de Janeiro
população institucionalizada - presídios ou unidades de menores que cometeram infração
13 a 17 anos
Número de pessoas atendidas
1000
50
50
50
50
O total de pessoas atendidas se refere, inclusive à equipe técnica e funcionários que participaram de capacitações, passeios, concurso de poesias e premiação no Museu de Arte do Rio.
Equipe
1
1
1
0
3
1
0
Informe se o projeto conta somente com recursos próprios (100%) e/ou se conta com patrocínios ou outros apoios financeiros. Se possível, informe (entre parênteses) como esses recursos se distribuem percentualmente para custear o projeto
70
0
30
0
Quais organizações e/ou instituições são parceiras e como apoiam o projeto
O Degase, através da Coordenação de Educação Cultura Esporte e Lazer, é o parceiro, oferecendo materiais e transporte para locomoção.